segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Beyond F-1

É claro que o esporte de Fernando Alonso ainda é o mais importante para mim, pois foi com ele que eu aprendi a gostar de automobilismo. Eu e, creio, a maioria da população brasileira contemporânea a mim. Difícil encontrar alguém que tenha começado a gostar dessa coisa de um carro atrás do outro com Estoque ou Fórmula Truque.
E com o passar do tempo a gente começa a acompanhar outras categorias pois, repito, simplesmente gostamos desse negócio de um carro atrás do outro. NASCAR, WRC, DTM, WTCC; tudo isso vem a reboque da Fórmula 1. Não incluo Estoque e Truque simplesmente porque não me apetece esse negócio de caminhão correndo e o marketing danado que cerca os carros de fibra.
Para muitos a F-1 acabou depois que Senna faleceu. Um ponto de vista que tendo a respeitar mas não entendo. E, pior, a maioria dessas pessoas não entende lhufas de corrida e estacionou no tempo deixando, inclusive, de acompanhar outras categorias.
Porém, eis que surgem dois caras que há algum tempo estavam esquecidos que corroboram essa minha tese aí de cima: a de que dá para acompanhar outras categorias sem se sentir traindo a F-1.
Augusto Farfus Jr., o curitibano que ficou famoso correndo de WTCC, venceu sua primeira corrida ontem no DTM. Mal estreou na categoria e já conseguiu uma vitória. Para quem não sabe, Farfus corria no WTCC pela equipe oficial da BMW. Não lembro de alguma vitória do rapaz. Com a debandada do time bávaro para o DTM, o brasileiro foi junto. Teve um bom começo (terceiro lugar já na primeira etapa) e depois ficou meio apagado. Para quem duvidava da sua capacidade, a vitória de ontem foi a resposta. E não foi pouco! Trata-se do primeiro brasileiro a vencer uma prova do campeonato alemão.

 
 
Do outro lado do Atlântico, nos EUA, quem também mostrou que pegou a mão do carro foi Nelsinho Piquet. Sábado, em Las Vegas, o brasileiro conseguiu sua terceira vitória na NASCAR esse ano (duas na Truck Series e uma na Nationwide). Essa vitória foi emblemática. Isso porque muita gente duvidada da capacidade do cara vencer corridas depois do fatídico Cingapuragate. Alguns críticos diziam que a vitória na Nationwide foi circunstancial, já que tinha sido em circuito misto. E que a primeira vitória em oval, pela Truck e que aconteceu em Michigan, foi devido ao infortúnio de seus adversários que foram se perdendo pelo caminho. 
Pois bem, sábado Piquet mostrou que além de um excelente piloto pegou rápido a manha dos trucks. Ficou a corrida toda entre os 10 primeiros e nem uma pancadinha no muro de contenção na décima volta tirou seu ânimo de vencer. Recuperou-se e logo estava em segundo, atrás de Matt Crafton. Até que na curva dois da última volta o cara vai lá, dá um spin e passa o americano. Tirou até um "what a move!" do speaker. Tenho comigo que quando Piquet for para a Sprint vai incomodar.
Ah, e se você é da turma dos viúvas, tente abrir sua mente a verá que existe, sim, vida além da F-1.


Nenhum comentário:

Postar um comentário