terça-feira, 27 de novembro de 2012

Me volvio

Assistir uma corrida ao vivo é sempre prazeroso. Ainda mais uma da magnitude da F-1. É certo que corrida mesmo quase nada se vê. Saber o que está acontecendo na pista, então, uma dificuldade que só. Além disso a arquibancada é dura, só se come fast food da pior qualidade, mas do melhor preço (para quem vende), badulaques são caros por demais, tem que chegar cedo para pegar lugar. Mas vale muito a pena. É só no autódromo que você sente o que é a potência do ronco de um carro de F-1. É só lá que você sente o cheiro do combustível e dos pneus queimando na pista. E, nesse ponto, não há TV 3D de LED com 95 polegadas, som Dolby Digital conectado a um Home Theatre, que pague o que é ver a corrida ao vivo e em cores.
E esse GP do Brasil de 2012 foi campeão em trazer as melhores emoções. E nesse caso foi tanto para quem estava no autódromo quanto para quem assistiu pela TV.
Uma disputa épica entre Alonso e Vettel, com ambos se alternando no tricampeonato durante toda a corrida. Deu Vettel. Não o melhor piloto, mas o melhor carro.
O RB8 nasceu meio capenga no início do ano. Venceu duas corridas das oito primeiras, nada perto do que foi ano passado. Nesse momento, o melhor carro era a McLaren. Contudo, da metade do ano em diante, Adrian Newey tratou de acertar a mão dando um carro vencedor à Vettel. E o alemãozinho soubre retribuir com vitórias.
Já a Alonso restou administrar a vantagem que havia construído antes das férias de verão. Infelizmente o espanhol teve dois revéses, em Spa e no Japão. Foram seus dois únicos abandonos na temporada. Combativo que é, Alonso conseguiu manter-se em pé e nunca deixou que Vettel disparasse na frente na tabela de pontos. Só que o carro não ajudava muito. Principalmente na classificação. Em corridas, Alonso mostrava porque é o melhor do mundo na atualidade. Fez largadas fenomenais, ganhando várias posições, o que, irremediavelmente, lhe garantia um lugar no pódio. Trabalhou "bunito", o espanhol.
Ambos, Alonso e Vettel, mostraram ao longo do ano que eram merecedores do título. Incluiria, também, Hamilton. Mas os problemas de confiabilidade do seu McLaren e alguns enroscos (leia-se Maldonado) acabaram por minar suas chances de título. Não fosse isso, estaria, certamente na briga até a última etapa.
Vettel chegou ao Brasil com 13 pontos de vantagem para Alonso. Tinha tudo para ser campeão. Só que, quando a prova começou, tinha tudo para perder tudo (sic). Já na primeira volta um contato com Senna o fez rodar e cair para a última posição (esse Senna é um cagalhão mesmo. Tivesse acelerado mais meio metro acertaria em cheio a suspensão traseira do alemãozinho, forçando-o a abandonar...). Foi subindo, subindo, até que já era oitavo. Nos boxes, enfrentou a demora equipe para calçar o carro com pneus de chuva. Saiu em 17º e foi galgando posições novamente. xdsds
No final, estabeleceu-se em sétimo, ao passo que Alonso era segundo, beneficiado por Massa que foi. Button, a essa altura líder da prova, estava 21s à frente de Alonso, faltando seis voltas para o final. Não havia mais muito o que o espanhol fizesse. A não ser torcer por alguma cagada de Button. O que não aconteceu (Button pilota como uma pluma).
E assim foi. Alonso terminou em segundo, Vettel em sexto e o título ficou este. Mereceu? Claro que sim. Obviamente que o cara tem o melhor carro disparado, mas se não souber aproveitar essa vantagem de nada adianta.
Foi justo?
Bom, essa pergunta respondo com uma frase que meu amigo Robson postou no facebook depois da corrida: nem tudo que é certo é justo.

Essa eu tenho que me dar o crédito. Ficou joinha.

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