quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sobre fornecedores e consumidores

O Código de Defesa do Consumidor, essa falácia jurídica tida como respeitada mas, em verdade, solenemente ignorada por praticamente todos os fornecedores de bens e serviços, prega que o consumidor é a parte fraca da relação e que deve ser protegido a todo custo. Inclusive com a inversão do ônus da prova. Ou seja, não cabe ao consumidor provar que determinado produto é defeituoso ou que um certo serviço foi prestado a descontento. Cabe ao fornecedor provar que seu produto ou serviço é bom.
Daí você contrata determinado serviço, tipo NET. e o serviço é prestado de forma ineficiente, os caras te mandam faturas mesmo depois de 10 meses de você ter cancelado o serviço, você é obrigado a ir na sede da empresa uma vez a cada três meses para informar que essa porra já foi cancelada e que, mesmo assim, esses filhos da puta continuam a te incomodar.
E isso vale para todos os fornecedores de serviços e produtos.
Bom, daí eu vejo uma merda de um comercial tipo esse aí de baixo:



OK. A mocinha que canta até que é passável. Mas a voz... Que vozinha da porra, hein?
E a mensagem que essa bosta passa? "O que te deixa feliz?", "o que você faz prá ser feliz"", "você faz feliz o quê prá quem"?, e assim vai. Parece aquela música do Titãs... "que não é o que não pode ser que não é. O que não pode ser que não, é o que não, pode ser que não, é".
Só que não vamos comparar o letrista Arnaldo Antunes com essa porra de música aí de cima.
O que eu quero dizer é que você, consumidor, é tratado como um verme idiota que fica sentado na poltrona com a boca escancarada cheia de dentes, achando que é bonito achar bonito uma merda de uma propaganda que te induz a achar bonito o que não é. Entendeu? 
Ou você acha que quando entrar no Pão de Açúcar vai ter uma gostosinha cantando para você o "que eu faço prá te fazer feliz". Vai nada. Não é porque tem um comercialzinho tido  bonitinho (para mim, irritante) que o estabelecimento é assim. Não é não, meu filho. 
A onda agora é fazer comerciais que não informam porra nenhuma, mas que tocam seu subconsciente com uma mensagem subliminar de que tudo no país está na mais perfeita ordem. Vide as porcarias de comerciais de bancos, cervejas, carros e o caralho a quatro. Nesses basicamente todo mundo tem dinheiro (ou crédito), bebe feito um gambá, tem um corpão, não fica bêbado e é amiguinho de artista e dirige responsavelmente. 
Ora, pára com isso, porra!
Propaganda bonitinha não vai resolver nosso problema como consumidores, que é justamente o oposto do que as imagens nos passam. 
Respeito. É isso que vai ajudar a resolver.

2 comentários:

  1. Pô Ebu, não seja assim. Porque tanta mágoa dentro desse coraçãozinho? Ao invés de sentar no sofá e ficar com a boca escancarada, toma uma Caracu com ovo e vai ser feliz!!Peida e arrota feito um pig e vai ser feliz!! Quanto a mina, é verdade, vai ver se tem umas gostosas te esperando na entrada pra te deixar feliz. Tem nada, por isso que não compro lá. E seja feliz!!

    Mixão

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hahahaha. Boa Mixo!. O senhor é um fanfarrão!
      Sabe o que é? Não aguento mais ver comerciais de qualquer produto mostrando uma beleza e uma serenidade que não existe aqui.
      Acho um paradoxo ridículo ter que assistir esse tipo de propagando para, logo em seguida, vir o povo do Jornal Nacional dizendo que mataram uma dúzia, traficaram mais um tanto, roubaram outro tanto e por aí vai.
      Acho de uma insensatez sem tamanho.
      Abraço e apareça sempre!

      Excluir