sexta-feira, 20 de abril de 2012

Chamem o Giuliani

Acho que todos já devem ter visto que o GP de Fórmula 1 no Bahrein está acontecendo sob muita tensão por conta das manifestações populares contrárias ao governo.
Alguns integrantes da Force India acabaram se perdendo quando estavam indo para o hotel e pasaram um perrengue danado em uma zona de conflito. Teve até bomba molotov explodida próxima ao carro onde estavam. Com medo da situação, um dos integrantes pediu para retornar à sede da escuderia, na Inglaterra.
Mas não é essa a consideração que quero fazer. É sim sobre o que Vettel disse em entrevista coletiva quando perguntado se estava preocupado em correr no Bahrein.
Vettel comparou o cenário de violência encontrado no país com que ele encontra no Brasil, quando a F1 aqui aporta. "No Brasil, há lugares em que não queremos estar", disse o bicampeão de 2010 e 2011.
Tá, pode ser que a frase não soe tão "oh, que coisa horrorosa". Mas é de se pensar.
Esses caras, pilotos, membros de equipe, rodam o mundo inteiro e a comparação que um deles faz do Bahrein é justamente com o Brasil.
Ou seja, algo está muito errado nessa terra. Jenson Button, no GP Varzeano de 2010, foi vítima de uma tentativa de assalto nas portas de Interlagos. O carro onde ele estava (um Mercedes Classe B, blindado), foi cercado por bandidos que estavam fortemente armados. O motorista, treinado pela própria McLaren, foi hábil o suficiente para se desvenciliar dos lazarentos.
O fato é que a violência por essas bandas está beirando as raias do insuportável. O cabra mata o outro por qualquer motivo fútil, irrelavante. É uma violência gratuita sem limites. Ah, você acha que não? E que tal as torcidas (des)organizadas que, 100% das vezes, vão ao estádio apenas para arranjar encrenca? Duvido que haja um integrante dessas facções que deixe os "mano" de lado para ir ao estádio sozinho, sentar na cadeirinha e apreciar a partida. Nada disso. Esses ignóbeis tem um prazer mórbido em se reunir em seu curral, ir às ruas urrando gritos de desordem e promover o caos.
E o pior, como disse aí em cima, é que toda essa violência é gratuita! Ficam, as pessoas de bem, subjugadas por um sem número de desqualificados sem razão aparente para tanto ódio (lógico que as drogas estão 90% por trás disso tudo).
Não que justifique - longe disso - mas o que se vê em países onde há tanta violência quanto no Brasil é que muitas das vezes esta até tem um motivo. Pode ser político, religioso, ideológico. Mas de graça como aqui, difícil.






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