terça-feira, 17 de abril de 2012

O tal do feiçebuque

Eu tenho feissebooque. Tenho mas não gosto. Entrei e saí dessa joça umas três ou quatro vezes. A última entrada foi justamente para divulgar esse blog. Vou ficar por lá mais uma temporadinha e caio fora.
Muita coisa do que o pessoal conhece acaba sendo por redes sociais. Neguinho nunca pisou em um autódromo e já se acha o seu doutor quando a pauta é criticar o Barrichello, por exemplo, porque ouviu um caboco que "curte" dizer que o cara é ruim. Ah, vá pastar, carai!
Como disse Flávio Gomes em seu blog, "o problema dessa garotada é seu total e absoluto desconhecimento do que quer que seja. São profundos especialistas em Facebook, Twitter e Instagram, mas da vida nada compreendem. Conhecem os personagens do “Pânico”, gargalham com “memes”, têm no YouTube sua principal fonte de informação e inspiração".
Tão ruim quanto essa alienação mental da gurizada, é ter que aguentar os filósofos de plantão. A todo momento surge um dando lições de moral. Geralmente vem com aquelas mensagens de como manter os amigos. Gostaria de saber quantos amigos de verdade esse cara tem. No feiscebúk pode até ter 875, mas com quantos o cara se solidariza dia-a-dia?
Amizade boa é aquela do boteco, do churrasco com os amigos, do kart de final de semana (futebol para quem preferir). Como diz o Dr. Tufi, meu amigo cardiologista entendor barbaridade de UFC, não existe terapia melhor que o papo furado.
Sexta é o dia que tiro para, depois do trabalho, ir na Cantina Açores, aqui em Curtiba, botar a prosa em dia com meus amigos. De cerveja em cerveja encontramos a solução para todos os problemas da vida. E se a solução não chega no dia, não tem problema, sempre tem o sábado, o domingo, para mais uma cerveja e mais conjectura.
Cumpre explicar para quem não entendeu o objetivo deste texto, que é obvio, claro e evidente que não estou generalizando. Existem muitos - a maioria, acho - que tem nas redes sociais uma fonte de informação ligada aos assuntos que gosta. Ou que "curte", para usar a linguagem adequada. Redes sociais são a nova forma de se comunicar. Estão no mesmo patamar que o e-mail há uns 15 anos. Mas não podem ser tidas como substitutas do corpo a corpo, do olhar, do sorriso, das piadas ao vivo. 
O mundo já está meio complicado, pasteurizado. O que mais se ouve é que ninguém tem tempo para mais nada. Bobagem.
Sempre haverá tempo para reunir a família, os amigos para um belo churrasco e fazer algo que atrás do computador não é possível: simplesmente conversar.


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